quinta-feira, 17 de março de 2011

Fotografia: diafragma e obturador, os olhos da câmera.

A abertura do diafragma e a velocidade de disparo do obturador são dois dos pilares da fotografia. Saiba o que são e como usá-los a seu favor para obter melhores imagens!

Você já parou para pensar que uma câmera fotográfica nada mais é do que uma réplica do olho humano? Entender isso é bastante simples quando pensamos no funcionamento destes dois sistemas, que é basicamente o mesmo. Enquanto no olho, a retina é capaz de “traduzir” a luz em imagens, nas câmeras fotográficas quem faz isso é o sensor.
Este sensor é muito sensível e precisa estar sempre protegido de sujeiras e de luz muito intensa. É como um filme, nas antigas máquinas analógicas, que não podia ser exposto à claridade. O que protege este dispositivo dentro da câmera (e já protegia o filme antigamente) é o obturador. Ele funciona como uma “cortina” que cobre o sensor e se abre rapidamente quando uma fotografia é tirada.
O obturador se abre como uma persiana, permitindo que a luz chegue até o sensor
Fonte da imagem: Divulgação
Dependendo de cada modelo de câmera, ele pode se encontrar em diferentes posições, mas a sua função é sempre a mesma: abrir-se para a passagem de luz. Ele pode ter também vários formatos. Os mais comuns são os circulares, que se abrem de maneira semelhante ao diafragma (são encontrados em câmeras antigas), e os obturadores mais modernos, com placas sobrepostas que se abrem verticalmente, como uma persiana.
Velocidade de disparo
A velocidade de disparo é o tempo que o obturador fica aberto, antes de voltar para a posição inicial. Como veremos a seguir, essa velocidade está diretamente ligada com a ideia de “movimento” da foto, e com a quantidade de luz que o sensor será capaz de captar. Ela pode ser controlada na maior parte das câmeras, principalmente nas que possuem funcionamento mais avançado.
O ajuste de velocidade permite dar à imagem uma sensação de movimento
Fonte da imagem: Amanda Slater
A velocidade de disparo, ou “shutter”, é medida em segundos, ou frações de segundos, expressos desta forma: 5” para velocidade acima de um segundo, que neste caso são 5 segundos, pois o numero representa o tempo; e 1/200 para velocidades abaixo de um segundo, neste caso a velocidade é um segundo dividido por 200. Quanto mais rápido, menos luz é captada, porém as chances da imagem ficar tremida são bem menores.
Como medir e escolher uma velocidade de disparo correta
Apesar da ideia de que 1/200, por exemplo, é uma velocidade muito alta e que a quantidade de luz que conseguiria entrar nesse caso seria muito pouca, isso não é verdade. Por exemplo, em um dia de sol, a céu aberto, a velocidade ideal pode variar de 1/1500 até 1/3000 ou mais. Já em um dia nublado, a velocidade usada precisa ser menor, entre 1/400, aproximadamente.
Em um dia de sol, aumente a velocidade do disparo para não deixar a foto clara demais
Fonte da imagem: Ana Nemes
Mas como saber qual a velocidade correta? Esse valor pode variar e está diretamente associado à abertura do obturador e ao ISO (quanto maior a abertura ou o ISO, menor o tempo de exposição), mas existem algumas formas de descobrir os ajustes ideais para cada situação.
Fotômetro
A maior parte das câmeras que têm ajustes manuais de exposição possui uma “escala”, que pode ser vista no visor e funciona através de um equipamento interno da máquina - o fotômetro - que “percebe” as condições de luz do ambiente e indica se os ajustes que você fez deixarão a foto muito clara ou escura, ou se estão corretos.
Essa escala ajuda você a saber se os ajustes estão corretos
Quando o ponteiro estiver mais para o lado negativo, quer dizer que existe pouca luz e a foto pode ficar escura. Já o contrário, o ponteiro marcando um valor positivo muito alto, indica que existe muita luz, e a foto pode "estourar". O ideal é ajustar a velocidade de tal forma que o ponteiro fique no meio, ou na região central.
Cuidado para não tremer!
Se o ambiente estiver muito escuro, será preciso abaixar a velocidade de disparo, aumentando assim o tempo de exposição. Porém, se você não tiver um apoio para a câmera, é provável que a imagem fique tremida.
Se a intensão não for deixar a imagem tremida, use um tripé para apoio
Fonte da imagem: Rick Hill
Isso acontece, pois involuntariamente nós fazemos pequenos movimentos ao segurar a câmera, e para velocidades abaixo de 1/30, aproximadamente, esses movimentos se tornam perceptíveis nas fotos.
Nesses casos, use um tripé ou ajuste um valor mais alto para o ISO, de modo que seja necessário menos tempo de exposição. Só tome cuidado para não prejudicar demais a qualidade da imagem com o ajuste do ISO.
Modo de prioridade de velocidade e sensação de movimento
Conforme foi explicado no artigo sobre os modos de disparo, existe uma ajuda para quem quer começar a aprender fotografia e não sabe como ajustar a velocidade e a abertura de uma só vez. São os modos de prioridade, nos quais você ajusta um parâmetro e a máquina ajusta o outro.
Use o modo de prioridade de velocidade (“S” ou “Tv”) quando você quiser destacar um objeto que esteja se movendo. Isso pode ser feito ajustando uma velocidade maior, o que faz com que o objeto fique nítido e pareça imóvel, ou ajustando uma velocidade pequena para que a imagem fique borrada em algumas partes, dando uma ideia de movimento.
Ajustando a velocidade é possível deixar a imagem nítida ou com uma sensação de movimento
Fonte das imagens: Sam J. Jordan (acima) e Steph Weiss (abaixo)
Isso acontece, pois, ao colocar uma velocidade de disparo menor do que a velocidade que a o objeto está se movendo, a câmera registra todos os momentos do objeto até o obturador se fechar. Isso dá a impressão de um “rastro” deixado, fazendo com que seja possível perceber o movimento.
Diafragma
Muitas pessoas confundem o obturador com o diafragma, porém eles são partes diferentes da câmera e têm funções diferentes também. Enquanto o obturador é o responsável por proteger o sensor e se abrir apenas brevemente para deixar a luz passar, o diafragma controla a quantidade de luz que chega ao obturador, deixando a passagem maior ou menor, dependendo de sua abertura.
Esta pequena parte da máquina fotográfica é considerada a íris das câmeras e se encontra dentro da lente. Ele tem, entre outros, um dos papeis mais fundamentais para a fotografia: controlar a profundidade de campo.
Abertura do diafragma
O diafragma pode se abrir e fechar, permitindo uma passagem maior ou menor de luz para o obturador e para o sensor. Quanto maior é a abertura, mais luz é captada e a velocidade de disparo pode ser maior, diminuindo o tempo necessário de exposição.
A abertura do diafragma é medida em números f, que são escritos desta forma: f/2.1, f/5.6, f/22, etc... Sendo que, quanto maior a abertura, menor é o número. É importante entender este conceito, pois, desta forma, quando falamos em uma grande abertura do diafragma, é possível saber que o número f em questão é bem pequeno. É comum referir-se à abertura do diafragma apenas como “abertura”.
Diferentes tamanhos de abertura do diafragma
Fonte da imagem: Mohylek
Por exemplo, o diafragma configurado em f/22 está quase fechado, enquanto f/1.2 representa que ele está quase totalmente aberto. Pode ser fácil confundir essa relação no começo, mas não se preocupe, com o tempo você vai se acostumar a ler esses números e saber exatamente quão aberta está a “íris” da sua câmera.
Nem todas as câmeras conseguem ajustar a abertura para todos os valores, pois isso depende do tipo de lente que está sendo usado. Ao comprar uma câmera ou lente nova, tente encontrar informações sobre os valores de abertura, o máximo e o mínimo. Isso classifica as lentes em “claras” e “escuras”, sendo que, geralmente, quanto mais clara for a lente, maior é o seu valor.
Abertura x Profundidade de campo
A abertura do diafragma interfere diretamente na profundidade de campo, e quanto mais aberta está a lente, menor é essa profundidade e vice-versa. Mas, o que realmente é a profundidade de campo?
Quando você vê uma fotografia, ela pode estar completamente focada, ou com algumas partes focadas e outras não. Esse é um efeito visual da profundidade de campo, quanto maior ela é, mais áreas da imagem ficam nítidas, e quanto menor ela é, menor é o ponto de foco.
Quanto maior for a abertura, menor será a profundidade de campo
Isso acontece quando existem várias “camadas” na imagem e a câmera precisa ajustar o foco. Se o diafragma estiver muito aberto, a profundidade de campo irá diminuir e só o que estiver mais próximo da câmera ficará focado. Já se a abertura for pequena, a profundidade de campo será maior e todo o assunto, independente de camadas, será focado.
Trabalhar explorando esse efeito é algo que enriquece a fotografia, deixando-a com uma sensação maior de dimensões e distâncias. Quando toda a imagem está focada, a impressão que pode dar é que ela está “chapada”, ou seja, todos os elementos que compõe a fotografia estão alinhados no mesmo plano.
Os elementos da imagem parecem alinhados todos no mesmo plano
Fonte da imagem: John Krizan
Os modos programados “paisagem” e “macro” das câmeras controlam a abertura para obter profundidades diferentes, mas você pode fazer isso manualmente, se a sua câmera possuir a opção de mudar a abertura do diafragma. Desta forma, além dos extremos (apenas o primeiro plano focado e todos os planos focados), você pode conseguir resultados intermediários.
Modo de prioridade de abertura
Assim como acontece com o modo de prioridade de velocidade (porém ao contrário), ao escolher priorizar a abertura, a câmera ajusta o tempo de exposição. Esse modo é bastante útil para começar a aprender os conceitos de fotografia, como as relações entre velocidade e abertura. Seu ícone na máquina pode ser “A” ou “Av”.
Use esse recurso quando você desejar controlar a profundidade de campo, para obter fotos completamente focadas ou com pontos de foco menores. Tente ver, enquanto você fotografa, os valores que a máquina coloca para a velocidade baseados nos valores que você definiu para a abertura. Você verá que existe sempre uma relação inversamente proporcional: quanto maior a abertura, menor pode ser a velocidade e vice-versa.
Use a profundidade de campo para dar um efeito de diferentes distâncias
Fonte da imagem: Ana Nemes
É claro que os valores também dependem da luminosidade dos ambientes, e variam de acordo com isso, mas em um mesmo local com as mesmas condições de luz, a regra vai estar sempre valendo: quanto maior for um valor, menor será o outro.Fonte: http://www.baixaki.com.br/tecnologia/8354-fotografia-diafragma-e-obturador-os-olhos-da-camera.htm.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Todos podem fotografar

Consegui chamar sua atenção com a frase acima?
Tanto.Melhor. O que você pensa dela?Concorda ou discorda?Na sua opinião, a fórmula que garante uma grande imagem contém quanto talento, de estudo, de oportunidade e de ferramentas?

A pergunta é oportuna porque, depois de folhear uma revista como esta (Digital Photographer Brasil), chapada de técnicas, equipamentos e novidades tecnológicas, você pode se render à ideia preguiçosa de que boas fotografias se obtém essencialmente graças ao emprego de equipamentos caros, e que basta investir o máximo possível em câmeras e lentes que os resultados inevitavelmente virão.Engano!

As galerias virtuais de fotografias na Internet estão repletas de provas visuais de que a coisa não é tão simples assim.Usar um equipamento mais sofisticado somente proporciona meios para chegar mais facilmente àquela foto que você concebeu na sua mente-desde que você saída como fazer o equipamento entregar a imagem desejada!A qualidade da sua fotografia ainda depende fundamentalmente da sua cultura visual e criatividade aplicadas.

A febre atual da Lomografia, o revival da Polaroid, a histeria em torno do HDR e a mania dos filtros digitais que envelhecem e distorcem imagens comprovam que a geração mais nova sente falta de um tempero, de alguma coisa esteticamente expressiva em suas fotos. A indústria fotográfica passou mais de uma década preocupada em fazer equipamentos que apenas registrassem a realidade com mais precisão.Agora que essa qualidade já não é um fator tão crítico na fotografia digital, é possível voltarmos a nos concentrar na técnica criativa.

Por: Mario Amaya,Editor
editor@fotografodigital.com.br
www.fotografodigital.com.br

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pôr do Sol


Foto tirada na cidade de Socorro-SP
 "E Deus disse que haja luz; e houve luz" Gênesis 1:3
"E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas"           Gênesis 1:4
"E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro."Gênesis 1:5

O pôr-do-sol ou pôr do Sol ou ocaso é o momento em que o Sol se oculta no horizonte na direção oeste que pode ser considerado como um processo inverso do nascer do sol que é quando o sol aparece no horizonte na direção leste. Este acontecimento verifica-se todos os dias em todas as regiões compreendidas entre o Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico. Ao período do dia em que ocorre o pôr-do-sol dá-se o nome de "ocaso". Ele surge graças ao movimento de rotação da Terra, no qual o Sol aparenta se mover em torno do nosso planeta atravessando o céu de leste a oeste, o que ocorre graças nossa observação se dar em um ponto não inercial.

sábado, 16 de outubro de 2010

Câmera digital


câmera ou câmara digital, seja ela máquina fotográfica ou de cinema, revolucionou o processo de captura de imagens, contribuindo para a popularização da fotografia ou da técnica cinematográfica digital.
Ao invés de utilizar a película fotossensível (filme) para o registro das imagens, que requer, posteriormente à aquisição das imagens, um processo de revelação e ampliação das cópias, a câmara digital registra as imagens através de um sensor que entre outros tipos podem ser do tipo CMOS ou do tipo CCD, armazenando as imagens em cartões de memória. Uma câmara pode suportar um só ou vários tipos de memória, sendo os mais comuns: CompactFlash tipos I e II, SmartMediaMMC e Memory Stick e SD (estes, os dois mais usados).
Estas imagens podem ser visualizadas imediatamente no monitor da própria câmara, podendo ser apagadas caso o resultado não tenha sido satisfatório. Posteriormente são transferidas para um e-mail, álbum virtual, revelação digital impressa, apresentadas em telas de TVou armazenada em CD, disquete, pen-drive, etc.
Uma das características mais exploradas pelos fabricantes de câmaras digitais é a resolução do sensor da câmara, medida emmegapixels.
Em teoria, quanto maior a quantidade de megapixels, melhor a qualidade da foto gerada, pois o seu tamanho será maior e permitirá mais zoom e ampliações sem perda de qualidade. Entretanto, a qualidade da foto digital não depende somente da resolução em megapixels, mas de todo o conjunto que forma a câmara digital. Os fatores que mais influenciam a qualidade das fotos/vídeos são a qualidade daslentes da objetiva, o algoritmo (software interno da câmara que processa os dados capturados) e os recursos que o fotógrafo pode usar para um melhor resultado, ou até mesmo eventuais efeitos especiais na foto. No entanto, dependendo do uso que será dado à fotografia, um número excessivo de megapixels não trará benefício adicional à qualidade da imagem e onerará o custo do equipamento.
Normalmente as câmaras voltadas ao uso profissional são dotadas de maior quantidade de megapixels, o que lhes permite fazer grandes ampliações. Já para o usuário amador, máquinas com resolução entre três e cinco megapixels geram excelentes resultados.Maquinas Fotógraficas